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terça-feira, 31 de dezembro de 2013

NoCinema: FROZEN - UMA AVENTURA CONGELANTE

Frozen-EUA
Ano: 2013 - Dirigido por:Chris Buck, Jennifer Lee
Elenco: Kristen Bell, Idina Menzel, Josh Gad

NOTA: «««««

Sinopse: Uma profecia condena um reino a um inverno eterno, então Anna (Kristen Bell) precisa se unir a Kristoff (Jonathan Groff), um ousado homem da montanha, na maior de todas as aventuras para encontrar sua irmã, a Rainha da Neve (Idina Menzel) e pôr um fim no feitiço gelado. Encontrando criaturas míticas, mágicas e extremas como o Everest a cada passo, Anna e Kristoff enfrentam os elementos da natureza em uma corrida para salvar o reino da destruição.


Enrolados”, lançado em 2010, trazia uma princesa totalmente diferente. A Rapunzel do novo século é espevitada, anda descalça, bate nas pessoas com uma frigideira, grita e consegue ser ao mesmo tempo linda e graciosa. Logo me conquistou e se tornou a minha princesa favorita da Disney. E ainda é! Portanto, após o estrondoso sucesso do filme que arrecadou quase US$ 700 milhões em bilheteria mundialmente, a Disney viu que princesa delicada como implantada pelo estúdio no século XX pelo mestre Walt Disney não funcionava mais para a nova geração. Hoje as princesas são belas e encantadoras? Sim! Porém, com um toque da euforia infantil presente. Neste “Frozen" nossa protagonista, princesa irmã caçula da família chamada Anna, dorme de maneira desengonçada com um rastro de saliva caindo da sua boca, é determinada, faladeira e, como Rapunzel, consegue nos conquistar de imediato. 

E uma coisa que aprendemos com “Enrolados” e é mais forte neste “Frozen” é que não é preciso fazer uma história de princesa apostando naquela estrutura padrão de bruxa má, príncipe encantado e princesa indefesa também implantado por Walt Disney desde a década de 30 quando foi lançado “Branca de Neve e os Sete Anões”. Em “Enrolados” o “príncipe” na realidade é um ladrão do reino, não temos a bruxa má cheia de poderes mágicos, mas uma madrasta isenta de magia que só busca viver mais tempo através dos poderes de rejuvenescimento do cabelo de Rapunzel. A magia é presente? Sem dúvida, afinal, é um filme Disney, porém, de um jeito muito mais sutil e menos escancarado que nas obras clássicas do estúdio. 


A história fala de duas irmãs. A mais velha, chamada Elsa, nasceu com uma anomalia que a oferece capacidade de controlar o gelo. Tudo onde toca congela e durante todo o filme, desde a infância até já grande, Elsa não consegue controlar totalmente seus poderes. Certo dia, quando na infância brincava com sua irmã Anna fazendo nevar no castelo e criando bonecos de neve através dos seus dons, sem querer Anna é atingida na cabeça pelos seus poderes ficando desacordada. O rei e a rainha levam a filha para criaturas na floresta chamadas de trolls, e estes conseguem curar a menina e retirar toda e qualquer lembrança dela em relação aos poderes da irmã mais velha. A partir daí, ambas viverão reclusas e separadas uma da outra e de todo o reino, para que ninguém descubra a anomalia da futura rainha e, claro, para que acidentes semelhantes ao de Anna não aconteça novamente. 

Após a morte do rei e da rainha em um naufrágio, Elsa aguarda atingir a idade necessária para assumir o trono. No dia da sua coroação, uma situação a faz mostrar seus poderes para todos, inclusive para a própria irmã. Rejeitada e não aceita por ninguém, Elsa decide fugir para longe, viver nas montanhas e proteger todos os cidadãos do reino, e sua irmã, de mais acidentes. Porém, a magia de Elsa é tão poderosa que ela acaba trazendo, sem querer, um forte inverno que assola todo o reino. Decidida a ajudar a irmã mais velha, convencendo ela a voltar e resolver o problema, Anna parte numa busca em meio ao frio congelante. No caminho, se juntará a um vendedor de gelo chamado Kristoff e a um boneco de neve falante intitulado Olaf. 


Neste “Frozen” apesar de termos aqueles personagens, digamos, não tão legais unicamente interessados na prosperidade do reino, eles acabam não sendo o foco da história e portanto não são os vilões principais. Os vilões de “Frozen”, na realidade, é o medo, a separação, a vergonha e por fim, não apenas um alguém que se auto denomina “o vilão”, mas toda a sociedade em si. Somos nós que diante de algo diferente, estranho, nos comportamos com pré conceito menosprezando pessoas que, se trazidas para perto, conseguiríamos ver sua real natureza. Os vilões quem cria são as próprias pessoas com sua visão fechada de mundo, sempre julgando e rotulando a todos. Isso é muito presente na história de “Frozen”, principalmente em tudo relacionado a personagem Elsa, que passou toda sua infância trancada dentro de um castelo e ensinada pelos pais que era perigosa demais e que tinha que ficar sozinha para proteger as pessoas que ama. 

Outro detalhe que gostei muito neste filme é que a roteirista Jennifer Lee injeta sua sabedoria feminina desmistificando muita coisa criada pela própria Disney nos filmes de princesas antigos ensinando totalmente o oposto. Um exemplo é quando a princesa Anna conhece um príncipe durante a coroação da irmã, os dois cantam, ele a pede em casamento no mesmo dia e imediatamente o pedido é aceito. Porém, quando os dois vai pedir a benção da rainha Elsa, esta recusa e diz que não haverá casamento porque não se pode casar com alguém que acabou de conhecer. Então, num impulso, Anna responde para a irmã mais velha: “Mas é amor verdadeiro!” e recebe da mesma “O que é que você sabe sobre amor?”. Precisa falar mais alguma coisa? Maturidade chegando às princesas da Disney! 


E se o "amor verdadeiro" entre o príncipe encantado e a princesa sempre foi algo tão martelado pela cultura Disney ao longo dos anos, "Frozen" subverte esse conceito mostrando que existem outras formas de amor verdadeiro, como por exemplo, o das irmãs Anna e Elsa. Tão importante quanto, ou até mais, o amor familiar é algo que, quando presente, nada pode interromper.

Como é praxe nos filmes da Disney, obviamente “Frozen” é um musical repleto de canções que realçam mais ainda os sentimentos de cada personagem. Como sou um apaixonado por musicais, a experiência foi extasiante! Destaco a linda e forte candidata ao Oscar “Let It Go”, “Do You Want Build A Snowman” é de fazer chorar, “For The First in Forever” e “Love is a Open Door” são duas sequencias empolgantes do inicio ao fim. Disney sendo o melhor de Disney!


Frozen – Uma Aventura Congelante” é a melhor animação norte-americana deste ano de 2013. Delicada, envolvente e merecedor de todo o sucesso que vêm fazendo. Um filme de princesa? Sim! Mas um filme de princesa com muito a se dizer, e nos apresentado da maneira mais bela e marcante com o melhor estilo Disney! 

Uma breve observação: geralmente fico com muito medo quando resolvem chamar celebridades brasileiras para a dublagem, um exemplo foi Luciano Huck estragando nossa versão dublada em “Enrolados”, mas o comediante Fabio Porchat que dubla o boneco de neve Olaf, surpreende e arrasa com um trabalho notável e muito competente. Parabéns Porchat!

Comentário por Matheus C. Vilela

segunda-feira, 30 de dezembro de 2013

NoCinema: AZUL É A COR MAIS QUENTE

La Vie d´Adèle: Chapitres 1et 2-FRANÇA
Ano: 2013 - Dirigido por: Abdellatif Kechiche
Elenco: Adèle Exarchopoulos, Léa Seydoux, Jérémie Laheurte

NOTA: «««««

Sinopse: Adèle (Adèle Exarchopoulos) é uma garota de 15 anos que descobre, na cor azul dos cabelos de Emma (Léa Seydoux), sua primeira paixão por outra mulher. Sem poder revelar a ninguém seus desejos, ela se entrega por completo a este amor secreto, enquanto trava uma guerra com sua família e com a moral vigente.


Classificar “Azul É A Cor Mais Quente” meramente como um filme gay é simplesmente diminuir o filme a uma visão restrita e injusta, já que o longa dirigido por Abdellatif Kechiche não busca tratar o romance entre duas mulheres como algo distópico da nossa sociedade e muito menos explorar como essa era reagir diante disso. O que temos em “Azul É A Cor Mais Quente” é a busca de uma personagem para encontrar o seu espaço no mundo. É o drama de um “casal”, da vida a dois tão frequente explorada pelo cinema, mas aqui com a diferença de, ao invés de ser um homem e uma mulher, são duas pessoas do mesmo sexo. 

Mas a base é a mesma. Abdellatif Kechiche não se preocupa com a reação dos pais da protagonista Adèle por se envolver com uma mulher, tanto que o diretor faz um salto brusco partindo da vida adolescente de ambas para o momento em que as duas já estão morando juntas. E a maneira como Kechiche explora esse relacionamento, desde as sequencias longas de sexo, até os diálogos intimistas entre as duas, a solidão de Adèle após o ajuntamento com a parceira, tudo para retratar esse mundo vazio da personagem, tentando, de alguma forma, se realizar. E Adèle encontra em Emma um sentimento tão forte, tão vivo, que a faz se entregar de cabeça. 


Com o tempo de convivência, Emma se distancia, começa a dedicar mais tempo ao trabalho e estar pouco presente, o que resulta na rendição de Adèle as investidas de um colega de trabalho na escola onde leciona. Adèle é professora de ensino fundamental. E tal atitude não apenas comprova que “Azul É A Cor Mais Quente” está longe de ser um drama sobre lesbianismo, como ressalta o vazio profundo existente na nossa protagonista. 

A palavra que posso usar para descrever as atuações é apenas uma: sublime! Se Léo Seydoux oferece maturidade ao filme na pele de Emma, decidida nas suas escolhas e totalmente oposta a pessoa insegura de Adèle, a atriz Adéle Exarchopoulos oferece uma das melhores atuações do ano como a protagonista de “Amor É A Cor Mais Quente”. Os olhares, o fervor da paixão, a dor da perda e a angústia existencial são transmitidos com tanta entrega que é impossível não se convencer com a atriz. 


Azul É A Cor Mais Quente” talvez seja um dos filmes mais verdadeiros já feitos nos últimos anos em relação a vida. Sem julgamentos e sem criar polêmicas em torno da sexualidade, o filme é um retrato humano sobre o que acontece na vida de todos nós. Não interessa se são homens com homens, mulheres com mulheres ou homens e mulheres. Ninguém está isento de decepções e muito menos das inseguranças que nos cercam acerca do futuro e dos nossos próprios planos. Belíssimo filme!

Comentário por Matheus C. Vilela

sábado, 28 de dezembro de 2013

HERÓIS DE RESSACA

The World´s End-INGLATERRA
Ano: 2013 - Dirigido por: Edgar Wright
Elenco: Simon Pegg, Nick Frost, Martin Freeman

NOTA: «««««

Sinopse: Na trama, 20 anos depois de tentar um pub crawl(uma maratona de bebedeira em vários bares diferentes numa única noite) um grupo de cinco amigos de infância se reúne novamente para arriscar o feito, quando um deles convence os demais. A diferença é que agora eles têm 40 anos e chegar ao pub The World's End, parada final da maratona, será bem mais difícil.


Terceiro filme da chamada “Trilogia Cornetto” iniciada em 2004 com o excelente “Todo Mundo Quase Morto”, seguido em 2007 pelo excepcional “Chumbo Grosso” e agora finalizado com este “Heróis de Ressaca” (?, não vou nem entrar no mérito da tradução). Lembrando que cada filme possui sua própria história, nada de ligações entre eles, apenas pelo simples fato de em cada um deles os personagens se deleitarem comendo o sorvete Cornetto da Kibon, daí ficou a intitulada “Trilogia Cornetto”. 

Dirigido por Edgar Wright, que escreveu o roteiro junto com Simon Pegg, a dupla nos dois filmes anteriores simplesmente pegaram os clichês tão freqüentes em Hollywood, seja em filmes de zumbis ou thriller policiais, e criaram duas obras cheias de referências nerds e acompanhadas de uma história bem contada, sempre frenética com uma edição ligeira e movimentada. E, claro, cenas de ação sublimemente bem filmadas que transformavam o filme em algo muito mais do que meramente uma ótima comédia, mas também um ótimo filme de ação. 


Portanto o anúncio do retorno de Edgar Wright, Simon Pegg e Nicky Frost em mais um filme juntos foi de deixar nossa expectativa alta. Agora, o trio se junta para brincar com o conceito de extraterrestres e criam singularidades eficientes a partir dessa ideia. Por exemplo: a tecnologia que temos hoje e que evolui a cada dia é por causa unicamente desses seres alienígenas, cuja missão é civilizar a Terra criando uma nova sociedade a partir dos seres humanos já existentes, e assim, colocar o planeta dentro dos padrões de qualidade intergalácticos. 

Como já vimos em “Todo Mundo Quase Morto” e “Chumbo Grosso”, a situação começa aparentemente sem maiores problemas, até o momento que os personagens são colocamos numa luta pela sobrevivência que os levam para o grande clímax dentro de um bar. Como antes, os atores continuam excelentes, tanto Simon Pegg quanto Nick Frost continuam ótimos juntos. As cenas de ação são movimentadas, a trilha sonora sempre na hora certa, e por fim, o filme se mostra um dos melhores entretenimentos desse ano. 


Nunca antes a tinta azul foi tão bem usada como aqui neste “Heróis de Ressaca”, que fecha a trilogia com chave de ouro. Um filme empolgante na ação, eficiente no humor e extremamente competente na construção da sua história. Vale a pena!

Comentário por Matheus C. Vilela

sexta-feira, 27 de dezembro de 2013

MACHETE MATA

Machete Kills-EUA
Ano: 2013 - Dirigido por: Robert Rodriguez
Elenco: Danny Trejo, Mel Gibson, Charlie Sheen

NOTA: «««««

Sinopse: Em uma nova missão, desta vez a pedido do próprio presidente dos Estados Unidos, Machete terá o desafio de derrotar um perigoso líder de um cartel, que ameaça o governo com ataques nucleares.


Um filme que numa cena de nudez pede para você colocar os óculos 3D através de uma legenda enorme, é sem dúvida um filme que não se leva a sério e pede para o público tão pouco. O primeiro “Machete” de 2010 ganhou os seus admiradores com o seu tom trash, cenas de ação sanguinolentas e um protagonista bruto e pegador. Robert Rodriguez ama esse estilo e faz uma referência ao icônico cinema de ação setentista e oitentista que trazia personagens como Rambo e Braddock em situações extremas onde escapavam matando todos usando o minimo possível de armamento.  

O problema do primeiro “Machete” é que mesmo possuindo a pegada trash e se mostrando um filme apenas para entretenimento, ainda assim era um filme que se levava a sério em alguns momentos e buscava ter certa profundidade com a trama central, envolvendo cartéis e políticos corruptos. O que depois de certo tempo tornava o filme cansativo e pouco inspirado. 


Já nesta continuação não temos isso. Robert Rodriguez assume de vez que “Machete” é uma galhofa geral e exagera em todos os quesitos neste segundo filme. Leva o herói para o espaço, cria um vilão com planos de destruição mundial envolvendo bombas nucleares e apetrechos de alta tecnologia, e isso, aparentemente vergonhoso, só faz o filme ter um resultado muito mais divertido, e engraçado, principalmente porque ele próprio se assume uma comédia trash sem nexo com a realidade ou congruências narrativas. 

Charlie Sheen como presidente dos Estados Unidos. Mel Gibson como o vilão que quer destruir a humanidade, e Cuba Gooding Jr., Antonio Banderas, Lady Gaga e Walton Goggins interpretando um personagem chamado O Camaleão, que muda, literalmente, de corpo quatro vezes ao longo do filme para esconder sua real identidade. E injetar sci-fi numa história de Machete levando o personagem para o espaço e fazer este lutar com Mel Gibson ao moldes “Star Wars“, ou colocar frases do tipo “Eu arranquei suas bolas com os meus dentes!” no roteiro, só comprovam a real intenção dos realizadores de “Machete Mata”. 


Se visto com esses olhos, olhos de ser uma comédia de ação trash, pode ter certeza que “Machete Mata” é um exemplar de qualidade do gênero. Não é todo dia que temos um trash feito com uma quantia boa de dinheiro e um elenco de astros de Hollywood. Resta aguardar a continuação “Machete Mata De Novo!” para conhecer a conclusão da batalha épica entre o bem e o mal... no espaço! Yeah!!!

Comentário por Matheus C. Vilela

terça-feira, 24 de dezembro de 2013

Especial Princesas Disney: A BELA ADORMECIDA (1959)

Se preparando para o lançamento do sucesso e elogiado "Frozen - Uma Aventura Congelante", o novo filme de princesa da Disney que estreia dia 03 de Janeiro aqui no Brasil, nosso blog vai preparar um especial onde vamos falar sobre cada filme de princesa dos estúdios Disney. Let´s begin!

SLEEPING BEAUTY
Ano: 1959
Dirigido por: Clyde Geronimi


Até aquele ano, 1959, “A Bela Adormecida” era o filme animado mais caro já produzido pelos estúdios Walt Disney, com um custo estimado de US$ 6 milhões, um valor alto para a época. Buscando realizar algo nunca antes feito pelo estúdio, Walt Disney desafiou a equipe de mais de 300 animadores a criar traços que se aproximassem ao máximo da nossa realidade, e que fosse diferente dos outros filmes de princesa já lançados, como “A Branca de Neve e os Sete Anões” e “Cinderela”. 

Os primeiros tratamentos do roteiro de “A Bela Adormecida” começaram em 1950, dois anos depois o projeto ganhou força total e o filme, desde então, foi aquele que mais se fez reuniões para falar da história. 


A cena final com a princesa Aurora e o príncipe Felipe dançando nas nuvens era uma ideia que Walt Disney já tinha vontade de executar desde “A Branca de Neve” e “Cinderela”, porém, só em “A Bela Adormecida” que Walt conseguiu enquadrar o momento dentro da trama. 

A Bela Adormecida”, particularmente, é o filme de princesa que possui um dos melhores clímax já criados pela Disney. Gosto muito do embate do príncipe com a vilã Malévola, que se transforma em um imenso dragão para impedir que ele chegue ao castelo e salve a princesa. Obviamente, pelo custo de fazer uma animação na época, que o combate é rápido e, infelizmente, deixa um gostinho de quero mais. 


Dando maior ênfase às fadas madrinhas, agora personagens importantes e com participações maiores na história, as três fadas do bem conquistam o público com o carisma e simpatia, assim como a princesa Aurora, que acho graciosa e de um visual realmente encantador. Das antigas, talvez seja a que mais considero bonita. Rivaliza, possivelmente, com Pocahontas.

Comentário por Matheus C. Vilela

CANÇÃO CLÁSSICA: "Once Upon a Dream"




segunda-feira, 23 de dezembro de 2013

NoCinema: CARRIE - A ESTRANHA

Carrie-2013
Ano: 2013 - Dirigido por: Kimberly Peirce
Elenco: Chloe Grace Moretz, Julianne Moore, Alex Russell

NOTA: ««««« 

Sinopse: O filme retrata um desastre ocorrido em uma cidade americana destruída pela jovem Carietta White. Nos anos anteriores à tragédia, a adolescente foi oprimida pela sua mãe, Margaret, uma fanática religiosa. Além dos maus tratos em casa, Carrie também sofria com o abuso dos colegas de escola. Aos poucos, ela descobre que possui estranhos poderes telecinéticos.


 ATENÇÃO: O texto a seguir contém spoilers! Cuidado!

Carrie – A Estranha” de 1976 foi um filme que deu novo fôlego a carreira do escritor norte-americano Stephen King. Considerado o mestre do suspense na literatura, os livros de King são freqüentemente adaptados para o cinema e televisão, mas nem sempre fazem jus a qualidade dos seus livros. 

Dirigido por Brian De Palma (diretor de “Scarface” com Al Pacino), o “Carrie” de 76 é um trabalho competente que construía da maneira mais angustiante possível a trajetória de uma menina que descobre possuir poderes tele cinéticos enquanto tem que conviver com a mãe religiosa e o desprezo das pessoas na escola por ter tido a primeira menstruação no vestiário feminino, mas não tinha conhecimento disso e foi humilhada por todas as meninas da sala. 

O peso dramático vivido pela personagem de Sissy Spacek no longa de Brian De Palma era uma das abordagens mais fortes daquele filme, assim como o teor sexual presente ao longo da história trazendo essa personagem numa fase de descoberta do corpo e dos prazeres carnais que todo ser humano tem. Os poderes tele cinéticos desenvolvidos por Carrie era uma expressão de revolta e sofrimento escondidos que eram exprimidos através dessas habilidades, tanto que toda vez que Carrie se revoltava seus poderes ganhava proporções letais. Brian De Palma entendia isso e seu filme não era um terror, mas um suspense que impactava pela crueza com que era filmado, sem floreios e com um clima denso e desesperador, que servia para ressaltar o drástico peso das conseqüências que cairia sobre cada personagem. 


O anúncio, portanto, de um novo “Carrie” obviamente despertou minha preocupação. Não por achar que o antigo não seja digno de uma nova versão, mas principalmente pela desconfiança em torno do nosso cinema atualmente, ainda mais Hollywood. E, infelizmente, meus medos se tornaram realidade ao ver Hollywood pegar um material eficiente e transformá-lo numa fita mercantil deixando de explorar todos os elementos que fizeram do antigo “Carrie” e do livro de Stephen King tão marcante. 

O principal problema se concentra principalmente no roteiro de Lawrence D. Cohen junto com Roberto Aguirre-Sacasa e na direção de Kimberly Peirce. Se no filme de Brian De Palma os cenários eram escuros, a fotografia seca, o clima melancólico e envolto de uma tristeza monumental, neste novo “Carrie”, Kimberly Peirce aposta em seqüências animadas, como aquela das meninas se arrumando para o baile ao som de uma canção agitada, e em cenários claros, com muitas cores remetendo aos filmes de colegial. Tudo é muito pra cima, nítido e com muitos efeitos neste recente “Carrie”. 


Já em relação ao roteiro da dupla Lawrence D. Cohene e Roberto Aguirre-Sacasa, os dois roteiristas recriam a trama da maneira mais pobre e desinteressante possível. Transformando a história numa fita de aventura, ambos parecem não entender as nuances da trama escrita por Stephen King, e transformam a telecinesia, que no filme anterior a personagem estranhava tais dons e mal sabia controlá-los, neste daqui Carrie já os domina rapidamente e de telecinesia, que não tem nada, os roteiristas transformam a personagem numa mutante dos X-Men, abrindo um leque maior para o uso de efeitos especiais e cenas dignas de uma verdadeira vilã dos mutantes da Marvel. Exemplo disso é a cena onde Carrie destrói um asfalto utilizando o pé ou quando solda a tranca de uma porta para manter sua mãe presa dentro do quarto. Ou seria Carrie a Supergirl, prima do Superman? E o que dizer da última cena grotesca abrindo espaço para uma continuação (típico de Hollywood não?) e que ressalta mais ainda a visão mutante da personagem, que agora, volta dos mortos? 

Outro erro vai para a escolha da atriz que interpreta Carrie. Apesar de ser fã de Chloe Moretz, que ganhou reconhecimento após o ótimo “Kick-Ass”, a atriz é muito bonita para viver Carrie, o que já tira um pouco da figura macabra e imprevisível da personagem. Chloe é angelical, delicada e nada ameaçadora. Em contra partida Julianne Moore está horrível fisicamente, com uma maquiagem que a deixou com a fisionomia de uma bruxa, e a atriz está ótima como a mãe religiosa de Carrie. O problema é que o roteiro (novamente!) explora pouquíssimo o embate entre as duas, e os momentos de conflito são insossos e nada impactantes, diferente do antigo que ambas se debatiam de frente e a mãe, interpretada sublimemente por Piper Laurie não media na violência. 


Portanto, esse “Carrie – A Estranha” da nova geração representa o que os novos tempos possuem de mais desinteressante e banal. Com cara de filme colegial, sem emoção ou suspense, exagerado e com uma visão estritamente financeira por trás, mostrando a ânsia de Hollywood por franquias, este novo “Carrie” ainda traz uma das mortes mais ridículas do cinema, tudo causado por um balde de lata! Um balde!!! É o cúmulo! Vamos ficar com o clássico de 1976, por favor!

Comentário por Matheus C. Vilela

NoCinema: A VIDA SECRETA DE WALTER MITTY

The Secret Life of Walter Mitty-EUA
Ano: 2013 - Dirigido por: Ben Stiller
Elenco: Ben Stiller, Kristen Wigg, Sean Penn

NOTA: ««««« 

Sinopse: Walter Mitty é o chefe do departamento de negativos de uma revista chamada "Life". Ele é um homem tímido, levando uma vida simples, perdido em seus sonhos. Quando um negativo desaparece, Walter é obrigado a embarcar em uma verdadeira aventura.


O final de "A Vida Secretra de Walter Mitt" é um tipo de final que deixa um sorriso no rosto. É bonito, sutil, leve e tem toda a emoção do momento bem construída. E já que no término de um filme o final é a parte que mais lembramos, por ser a última coisa que vimos, então, por um lado, temos que tomar cuidado e não nos deixar se enganar com "A Vida Secreta de Walter Mitt" e todos os seus problemas estruturais e principalmente em relação a jornada do nosso protagonista. 

Se perdendo sobre qual rumo deseja seguir, o filme dirigido e estrelado por Ben Stiller resume-se a belas paisagens e boas intenções. O roteiro de Steve Conrad é ambicioso focando nos devaneios do protagonista, que sem coragem para tomar certas atitudes se transporta para um mundo paralelo criado por sua imaginação onde lá é capaz de ser o homem que no mundo real não consegue. 


Stiller aproveita tal deixa e cria momentos curiosos e bem dirigidos, no entanto, tais momentos nada dizem em relação ao protagonista e com o desenrolar da história começam a ser raramente usados e por fim logo esquecidos. A ideia de apresentar um personagem que se exclui em um mundo criado por sua imaginação por não conseguir se mostrar como deveria possui todo o potencial para criar uma história de amadurecimento e aprendizado, que, se talvez nas mãos de um Spike Jonze se tornaria algo bem mais arrebatador e surpreendente. O que o roteiro de Steve Conrad faz é unicamente usar tal artifício para criar cenas engraçadinhas que nada acrescentam a história soando vazias e descartáveis. 

O interesse romântico de Walter Mitt também é outro fator pouco convincente da história. Conrad cria um arco dramático entre os dois personagens e em dado momento deixa isso de lado e só volta a desenvolver nos instantes finais. Tudo para o personagem de Ben Stiller partir numa viagem rumo a Groêlândia para achar um fotografo e conseguir com ele uma foto para a capa da última edição impressa da revista onde trabalha. O problema é que a motivação é tão desinteressante que pouco torcemos por Walter e muito menos para que ache a tal foto. Primeiro: porque não soa como uma motivação plausível a ponto de fazer o personagem se deslocar para tão longe e viver uma viagem de descoberta. E segundo: o personagem de Stiller é tão engessado ao longo do filme que ao término parece que continua do mesmo jeito. 


Walter luta com um tubarão, pula de um helicóptero, foge de uma erupção vulcânica e sobe uma montanha tomada pelo gelo. A caminhada é grande, a paisagem é linda, a trilha sonora é motivacional e arrepia os cabelos do corpo, mas "A Vida Secreta de Walter Mitt" se mostra muito aquém do que poderia ter sido. Nada do que foi citado acima é de fato um momento memorável e extasiante da história, e todos eles, repito, são motivados pela vontade do personagem de encontrar uma fotografia! Toda a relação com o interesse dele pela colega de trabalho é posto a deriva para se resolver rapidamente nos instantes finais de uma maneira convencional e clichê. Ainda que tenha sido construída, como disse no inicio do texto, de um jeito encantador. Ver o personagem de Stiller correr com frases motivacionais sendo mostradas ao longo do cenário 

Tentando ter uma profundidade que nunca consegue alcançar, o longa é um produto cheio de pretensões e uma produção que faz brilhar os nossos olhos, mas deixa de lado o mais importante: os seus personagens! No fim de tudo, "A Vida Secreta de Walter Mitt" se mostra um filme convencional e nada surpreendente, e que perde a oportunidade de criar uma obra arrebatadora.

Comentário por Matheus C. Vilela

quinta-feira, 19 de dezembro de 2013

ERNEST E CÉLESTINE, AINDA ADORÁVEIS e A BUSCA

ERNEST E CÉLESTINE
Ernest et Célestine-2012
Dirigido por: Benjamin Renner, Stéphanie Aubier e Vincent Patar


Sinopse: A história conta a relação de amizade entre uma ratinha rebelde chamada Celestine, que se prepara para ser dentista mas gostaria de se tornar uma artista, e o urso Ernest, que vive como poeta de rua. Mas ratos e ursos não aceitam a amizade da dupla, o que os coloca diante de um tribunal. 


NOTA: ««««« 



Animação francesa inspirada nas criações da ilustradora belga Gabrielle Vincent, “Ernest & Celéstine” é uma baita surpresa este ano. O filme segue num ritmo harmônico para retratar a amizade improvável entre um urso chamado Ernest e uma ratinha chamada Celéstine, numa sociedade onde as duas espécies não convivem em harmonia. 

O filme é sutil em suas abordagens, mas fala com muita sinceridade contra o racismo e preconceito. A imagem dos ursos e ratos é um claro retrato da nossa própria sociedade, e os diretores Benjamin Renner, Stéphane Aubier e Vincent Patar criam uma obra inesquecível, divertida e envolvente, com dois protagonistas cuja ótima química excede em cena. Recomendado!

AINDA ADORÁVEIS
Lovely, Still-2008
Dirigido por: Nicholas  Fackler

Sinopse: Robert Malone (Martin Landau) é um senhor que já passa dos 80 anos. Ele vive sozinho e trabalha no supermercado local. Tudo muda quando uma nova vizinha passa a morar na casa da frente. De repente, Robert não está mais sozinho, mas sim na companhia da adorável Mary (Ellen Burstyn). Como um milagre de Natal, Robert e Mary, que já se aproximam do final de suas vidas, se encontram e vivem um amor juvenil, sem inseguranças e jogos de sedução. Como se um relacionamento fosse simples. Mas não é e é exatamente isso que descobrimos na medida em que o filme avança.

NOTA: ««««« 


Filme de 2008 que só tive o prazer de assisti-lo este ano, “Ainda Adoráveis” é um desses excelentes exemplos de filmes protagonizados por atores idosos. Emocionante, com uma bela e surpreendente resolução, “Ainda Adoráveis” nos traz uma bela prova de amor entre duas pessoas na terceira idade e impressiona pela ótima atuação de Martin Landau. Um filme que poucas pessoas viram e por isso vale a pena correr atrás.

A BUSCA
nacional-2013
Dirigido por: Luciano Moura

Sinopse: Theo Gadelha (Wagner Moura) é um médico, casado com a também médica Branca (Mariana Lima), pai do adolescente Pedro (Brás Antunes) e filho de um pai ausente (Lima Duarte). Sua mulher pede a separação, seu filho rejeita sua orientação e a casa que construiu para a família vai ser posta à venda. Aos poucos, Theo constata que seu mundo está desabando. Mas nada se compara ao que está por vir: no fim de semana em que completaria 15 anos, seu filho Pedro some de casa. Theo pega a estrada em busca do filho. A viagem Brasil adentro vira um caminho de autoconhecimento, um percurso para transformações e descobertas.

NOTA: ««««« 


A Busca” nos traz a história de um pai que, após seu filho fugir de casa, parte no seu encalço para encontrar o garoto. Uma plot um tanto quanto clichê e já vista não sei quantas vezes no cinema. Mas há casos que não interessa se a história é comum ou não, mas sim, a jornada em si. “A Busca” é sustentado principalmente pelo talento de Wagner Moura, e com uma direção precisa de Luciano Moura, que não deixa o tom cair no novelesco, “A Busca” é um obra eficiente cuja jornada vale a pena conferir.

Comentários por Matheus C. Vilela

terça-feira, 17 de dezembro de 2013

Especial Princesas Disney: CINDERELA (1950)

Se preparando para o lançamento do sucesso e elogiado "Frozen - Uma Aventura Congelante", o novo filme de princesa da Disney que estreia dia 03 de Janeiro aqui no Brasil, nosso blog vai preparar um especial onde vamos falar sobre cada filme de princesa dos estúdios Disney. Let´s begin!

Filme: CINDERELLA
Ano: 1950
Dirigido por: Clyde Geronimi, Wilfred Jackson, Hamilton Luske


Desde "Bambi", lançado em 1942, a Disney vivia um hiato de longas metragens devido a crise por causa da Segunda Guerra Mundial que assolava os Estados Unidos na época. Para o estúdio sobreviver, Walt Disney optou pela realização de curtas-metragem que comporiam um longa, já que o dinheiro estava curto, curtas eram bem mais em conta e filmes com apenas uma narrativa era um grande risco. A idéia não foi recebida com ânimo e empolgação pelo público e crítica, mas foi necessária, pois manteve a situação financeira do estúdio estável. 

Por volta de 1947, Walt Disney já sentia que era tempo de se produzir um novo longa metragem com os moldes que anos antes levaram sua empresa ao sucesso. O primeiro contato de Walt com a história da gata borralheira foi em 1922, quando sua pequena empresa “Laugh-O-Grams” produziu uma versão moderna em curta duração e mudo. Depois em 1933, Walt cogitou outro curta para integrar a série “Sinfonias Ingênuas”. Foram feitos esboços do desenho, mas o projeto nunca saiu do papel. Outro trabalho que nunca vingou foi quando em 1937, logo após “Branca de Neve e os Sete Anões”, Walt tentou transformar o conto de “Cinderela” em um longa-metragem. Vários tratamentos foram dados a história, e em 1943 Disney deu sinal verde para os animadores começarem o filme. Dick Huemer e Joe Grant ficaram como supervisores da história e foi oferecido um orçamento de apenas 1 milhão, mas no fim, o projeto estagnou novamente. 


Em 1946, Disney voltou a realizar reuniões sobre o filme de “Cinderela”. Inicialmente sua ideia seria produzir “Alice no País das Maravilhas” primeiro, pois achava ser melhor para representar a grande volta do estúdio aos longas metragens animados. Entretanto, seu irmão Roy Disney o convenceu que “Cinderela” tinha maior apelo comercial e principalmente com o público, que já tinha recebido de braços abertos o sucesso “Branca de Neve e os Sete Anões”. 

O filme foi posto nas mãos de Ted Sears, Homer Brightman e Harry Reeves, que escreveram um roteiro datado de 24 de março de 1947, e já em maio storyboards estavam em desenvolvimento. Inicio de 1948, “Cinderela” assumiu o lugar de “Alice” como prioridade e ganhou força total na sua produção, e caminhava para se tornar a primeira animação em oito anos, desde “Bambi”, dos estúdios Walt Disney. 


Um fator curioso em “Cinderela” é que o filme foi gravado, antes de animado, 90% com atores reais. Walt estava com pouquíssimo dinheiro e precisava ser criterioso em relação ao que seria enviado para a equipe de animadores. O estúdio não podia enviar nada que fosse desnecessário, pois no fim, custaria bem mais dinheiro. Afinal, era tudo ou nada, se “Cinderela” fracassasse quando lançado seria a falência de Walt Disney. 

Portanto, desenhado nos storyboards e depois filmado com atores reais, as filmagens eram sempre mostradas para Walt Disney que, através delas, conseguia ter noção de como ficaria tal momento no desenho. Se houvesse algo para excluir, ou para modificar, os vídeos junto com os storyboards dariam toda a direção e rumos da história. 


A vilã da trama a Sra. Tremaine, ou mais conhecida como a Madrasta, foi desenhada da maneira mais realista possível. Diferente de personagens como o Duque, o Rei e a Fada Madrinha, a intenção dos animadores era torná-la mais próxima possível da realidade o que faria suas ações serem muito mais ameaçadores e criveis aos olhos do público. A atriz Eleanor Audley emprestou sua voz a personagem e sua fisionomia serviu de inspiração para os desenhistas. Anos mais tarde, ela faria novamente outra vilã do estúdio, a Malévola de “A Bela Adormecida” (1959). 


Para a cena da carruagem que leva Cinderela até o castelo do príncipe, foi montado um modelo tridimensional para ajudar na animação. 


Outra profissional fundamental na elaboração dos cenários e visual do filme foi Mary Blair. Disney admirava seu senso de cor e de design, o que a fez ser uma das peças fundamentais de animações como “Peter Pan”, “Alice” e do próprio “Cinderela”. Blair trabalhou com Walt Disney de 1939 até 1953.


MOMENTO CLÁSSICO: TRANSFORMAÇÃO. DE GATA BORRALHEIRA A PRINCESA:



Por Matheus C. Vilela

segunda-feira, 16 de dezembro de 2013

TOP 20 - PIORES FILMES DE 2013

Nosso TOP 20 dos PIORES FILMES DE 2013 lançados nos cinemas brasileiros este ano está no ar! Deixe também nos comentários a sua lista dos piores filmes. Um feliz 2014! Bom cinema!

OBS: A LISTA ESTÁ EM ORDEM ALFABÉTICA.



01. AMOR PLENO 

Gosto e muito de Terrence Malick, principalmente do Malick do século XX e não o experimental e contemplador desses últimos anos. A moda começou com “A Árvore da Vida”, que não considero uma obra prima, mas é um filme bom que passa algo e têm um objetivo dentro da história, diferente deste “Amor Pleno” onde Malick exerce, novamente, seu amor pela natureza, mas agora criando um filme que nunca chega a lugar algum e se perde com um desenrolar contemplativo, cheio de imagens bonitas da natureza, grande parte da trama é narrada em off, e no final, a única sensação que fica é a de puro tédio. Surpreendentemente, é um dos piores do ano!

02. AMOR PROFUNDO

Estava empolgadíssimo para ver este filme principalmente por ter a presença do ascendente Tom HIddleston, intérprete do vilão hit do momento Loki, de Thor, porém, é mais um filme dirigido sem propósito que nunca leva a algo concreto. Focando nas desilusões e desesperanças da personagem de Rachel Weizs, o filme peca por não construir esses sentimentos de maneira linear, e isso juntando com um ritmo lento e parado, torna a experiência cansativa e os personagens desinteressantes. Bem fraquinho!


03. APOSTA MÁXIMA


Ben Affleck chefão da máfia de jogos? Ok! Justin Timberlake o prodígio cegado pela ganância e que entra nesse mundo? Ok! Dois atores eficientes, mas que, infelizmente estão a mercê de um roteiro mal escrito, que nunca explora o poder do personagem de Affleck, e por isso, ele nunca convence, e as resolução são previsíveis e nada surpreendentes. Um filmeco que deveria ter ido direto para DVD! 

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04. BLING RING - A GANGUE DE HOLLYWOOD



Sopia Copolla é outra diretora que nunca consegue chegar a lugar algum em seus filmes e enrola que é uma beleza. Toda delicada, sutil, com produção refinada, mas que nunca sai do lugar, este “Bling Ring” é um desses exemplos. Aliás, os únicos filmes competentes da diretora são seus dois trabalhos inicias “As Virgens Suicidas” e, principalmente, “Encontros e Desencontros”. O resto? Bom pra se deixar de lado e esquecer. 

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05. DEZESSEIS LUAS


Outro derivado da moda “Crepúsculo”, porém, com algo bem melhor do que muitos desses derivados por aí: o filme possui dois protagonistas talentosos e carismáticos que convencem! O grande problema, justamente, fica a cargo do roteiro que aposta em cafonices e num melodrama tedioso e sem graça. E olha que o elenco de apoio é forte com atores de calibre como Viola Davis, Emma Thompson e Jeremy Irons. Uma pena, realmente. 

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06. FAROESTE CABOCLO

“Faroeste Cabloco” conseguiu pegar uma música sensacional, com uma história cheia de humor negro, ação e crítica social e transformar num filme de romance insosso, previsível e sem graça. Primeiro que os realizadores mudaram totalmente a cronologia dos fatos narrados na canção de Renato Russo, e segundo que tiraram todo o humor existente na letra fazendo um filme que nada impressiona ou empolga. 

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07. GENTE GRANDE 2

Como as recentes empreitadas “originais” de Adam Sandler não renderam muita grana, o ator resolveu apostar numa continuação de um projeto que deu certo que foi “Gente Grande” de 2010. Confesso que até dei algumas risadinhas com o primeiro, mas nada expressivo. Já essa continuação comprova o sentido da palavra desnecessário. Sem graça, arrastado e cheio de piadas repetitivas e já vistas em todos os demais projetos de Adam Sandler e sua turma, "Gente Grande 2" é uma bomba!

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08. A HOSPEDEIRA


Baseado em um livro de Stephanie Meyer (!) autora de você já sabe qual “saga” de fantasia atualmente, “A Hospedeira” é a prova concreta da incompetência de uma escritora em criar algo sem nunca deixar de cair na cafonice e em conceitos que ela própria não parece entender, e pra isso, decide criar um triangulo amoroso para distrair as incongruências da história. E triângulo amoroso nas mãos de Stephenie Meyer você já viu né? Pois bem, mas a culpa é também do diretor Andrew Niccol, que dirigiu o excelente “O Senhor das Armas” e o eficiente “O Preço do Amanhã”, que ao menos se pode considerar uma verdadeira ficção cientifica. E não isso aqui chamado de “A Hospedeira”. 

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09. DEPOIS DA TERRA


Wil Smith é um ator muitíssimo carismático que já mostrou talento para drama, mas em filmes de ação, principalmente, Will fica ótimo. Mas agora o ator esta numa missão de colocar o seu filho nos holofotes e dar continuidade ao legado da família. Para isso, desenvolveu uma história e colocou nas mãos de um diretor duvidoso chamado M. Night Shyamalan, é aquele mesmo que fez o ótimo “O Sexto Sentido”, mas depois... Portanto, “Depois da Terra” é esse filme sem graça, sem ritmo, uma ficção cientifica barata com uma trama nada empolgante. 

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10. O CAVALEIRO SOLITÁRIO


Essa foi sem dúvida a maior decepção do ano pra mim! Primeiro porque sou fã incondicional de Johnny Depp e principalmente da franquia “Piratas do Caribe”, que mesmo com os problemas a tenho no meu coração. Quem me conhece sabe disso. Então, assistir nosso querido Johnny, literalmente, se repetindo como Jack Sparrow e o diretor Gore Verbinski criar um filme longo, lento, onde nada acontece e que só o final é digno de elogios é realmente decepcionante. E ainda mudaram muita coisa do seriado “The Lone Ranger” transformando o imponente protagonista em um coadjuvante do seu próprio filme e num sujeito desengonçado e cômico. Sendo que O Cavaleiro Solitário nunca foi! 

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11. O CONSELHEIRO DO CRIME


Javier Bardem, Penélope Cruz, Cameron Diaz, Michael Fassbender e Brad Pitt. Esse é o elenco que integra este “O Conselheiro do Crime”. O filme também é dirigido por Ridley Scott, diretor que fez “Alien – O Oitavo Passageiro”, “Blade Runner” e “Gladiador”. Entender então o marasmo e a falta de criatividade na direção de Scott aqui é o X da questão. Principalmente com a reunião de um elenco como esse. Fraquíssimo! 

12. O ´ÚLTIMO EXORCISMO PARTE 2


Não considero o primeiro filme um filmaço. Mas tinha uma história concisa e bem descrita. E usava o artifício da “câmera amadora”, que ficou na moda depois do primeiro “Atividade Paranormal” e que, ainda bem, já diminuiu essa empolgação hoje em dia, mas este segundo capítulo deixa de lado o formato amador e aposta na linguagem padrão. Mas a história estende algo que não têm nada para se estender, e investe em um final que abre para o começo do apocalipse, e claro, um terceiro filme. Infelizmente. 

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13. PARA MAIORES

Vários sketches dentro de um sketch maior. Algo meio que parecido com um Saturday Night Live. O objetivo é ser tosco e ilógico, e de fato é. O problema é que nenhum dos sketches possui algo concreto com o que brinca, e muito menos com o que deseja falar. No fim, é um emaranhado de situações sem nexo, e principalmente, sem a menor graça. E olha que o elenco é um dos melhores já reunidos na história de Hollywood! Uma pena! 

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14. R.I.P.D - AGENTES DO ALÉM


R.I.P.D possui uma ideia até com certa originalidade, se não fosse o restante da história que abusa dos clichês e uma fórmula que tenta emular o sucesso de “M.I.B – Homens de Preto”. No fim, ficou um filme cheio de pretensões, todas mal executadas e um desperdício de bons atores. 

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15. RIDDICK 3


Vergonha! Vergonha! Vergonha! Mal escrito, mal filmado, cenas de ação extremamente mal editadas e sem nenhuma empolgação, nem mesmo o carisma de Vin Diesel salva essa bomba da desgraça total! Terceiro filme de uma série vinda dos games, mas que, ao menos no cinema, nunca teve nada de memorável. Apesar do primeiro “Eclipse Mortal” ser bonzinho, mesmo assim, nem ele, nem o segundo e muito menos esse terceiro valem a pena. 

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16. SEM DOR, SEM GANHO


Michael Bay sem dúvida ficou conhecido porque investiu num estilo que tornou seus filmes bem notáveis, bem com sua cara. Cheio de explosões em praticamente todas as cenas, muita correria e ação desenfreada. O público ama! Eu gosto e muito da idéia, mas o problema é que Michael Bay exagera tanto que chega um momento que fica cansativo. E depois de anos ocupado com a franquia “Transformers”, eis que Bay decide dirigir um projeto “autoral”, mas, claro, sem deixar de ser o Michael Bay. E mesmo sendo baseado em fatos real, nas mãos de Bay nada, de fato, fica interessante. 

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17. SOBRENATURAL: PARTE 2


Gostei muito do primeiro “Sobrenatural”, de 2010, dirigido por James Wan que também lançou este ano o excelente “Invocação do Mal”, no entanto, este “Sobrenatural: Parte 2” se transforma em um filme de aventura, com pouco suspense, uma história que só vale pelas ligações com o primeiro que são muito bem feitas, mas no fim, nada de surpreendente ou impactante. Ainda temos momentos de humor que tornam o filme ainda mais banal e desinteressante fazendo o público mais rir tirando a seriedade desta continuação. 

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18. SOMOS TÃO JOVENS


Outra decepção que tive com Renato Russo este ano. Agora um filme que fala de sua adolescência, “Somos Tão Jovens” é aquela biografia chapa branca que mostra a pessoa isenta de falhas, e ainda que mostre os lados negativos, suaviza. O que vale é os momentos musicais com Renato cantando. Fora isso, é uma biografia que nada acrescenta, e esta longe de mostrar a figura complicada e conturbada de Russo, mas que tinha um talento musical inesquecível. 

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19. TODO MUNDO EM PÂNICO 5



É “Todo Mundo em Pânico” poxa vida! Só o primeiro que presta e olha lá. Agora, o quinto? Precisa perder tempo falando alguma coisa? 


20. UMA NOITE DE CRIME

“Uma Noite de Crime” possui um argumento bacana. Diferente. Mas caí no pecado de se preocupar apenas com uma situação e no final, a tentativa de se fazer um suspense é frustrante. 

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Comentários por Matheus C. Vilela